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Eternos crimes, eternos castigos, eternos sucessos: um olhar para a obra imperecível (e genial) de Dostoiévski

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Na vitrola, a canção Clair de Lune , de Debussy, era a sua única companhia. Os dedos, já acostumados, moviam-se num ritmo frenético. Na antiga máquina Remington , ela escrevia, dia após dia, uma história mais fantástica que a outra. Quando era questionada sobre a origem de sua inspiração primorosa, Janete Clair – a maior novelista de todos os tempos - respondia enfaticamente: da obra de Dostoiévski. Algumas décadas depois, num confortável escritório localizado no Rio de Janeiro, um homem escreve tão compulsivamente quanto Janete - já não mais na antiga Remington - o próximo capítulo da história que vai ao ar logo mais à noite. Desde a sua estreia, ele conheceu a fama no seu significado mais completo. Em entrevistas, João Emanuel Carneiro, autor de novelas extraordinárias, revela o grande segredo do sucesso: também é um profundo admirador da obra de Fiodor Mikhailovich Dostoiévski. Capa de uma antiga edição do livro O Duplo , de Dostoiévski.  A obra - que narra a h