Malditas pinceladas: retratos como símbolos da morte na literatura
O que você faria se fosse jovem para sempre? Como viveria? Quais seriam seus valores? São questões como essas, que norteiam o enredo de O Retrato de Dorian Gray – romance do irlandês Oscar Wilde. O protagonista, Dorian, um pianista talentoso, tem o seu rosto eternizado num retrato pintado por seu amigo – e grande admirador – Basil Hallward. Ao receber a pintura, o rapaz fica fascinado e faz um pacto com o destino: ao invés de seu corpo sofrer as marcas do tempo, o retrato é que será atingido . "Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!" - Dorian Gray Influenciado por Lord Henry – representant