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Mostrando postagens de novembro, 2017

"O Livro da Bruxa", o livro dos sábios

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A Maicon, por ter me apresentado essa obra magnífica numa tarde de domingo. Ter um primo bibliófilo é um privilégio de poucos. É muito raro encontrar alguém em reuniões familiares para discutir autores, enredos, estilos e personagens. E foi numa dessas reuniões de família, ou melhor, um pouco depois, que conheci uma obra que mudaria radicalmente minha vida. Confesso que  não tive tanta expectativa  ao tocar naquela lombada fina e soterrada por enciclopédias. Mas o nome da obra e o símbolo contido na capa soavam esotéricos e místicos. E foi isso que me encantou, nesse primeiro momento, em O Livro da Bruxa . O símbolo impresso na capa da obra significa equilíbrio e estabilidade.   Contudo, era hora de ir embora. A tarde já findava quando cheguei a minha casa. Foi só o tempo de um banho e um café. Devorei O Livro da Bruxa noite adentro. E só parei ao terminar de lê-lo. A partir daquela mesma noite, a obra de Roberto Lopes seria constante em minhas conversas – tanto com p

Uma ode a Jean Valjean

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Foi no recreio. Pouco depois de o sinal tocar, minha professora de Português me estendeu uma – excelente – edição de Os Miseráveis , de Victor Hugo. Fora um pedido meu, um empréstimo. Em duas tardes, devorei aquela deliciosa adaptação escrita por Walcyr Carrasco para a (que saudade dela!) coleção Literatura em minha casa . Eu estava na quinta série do ensino fundamental e ainda era um neófito na literatura do século XIX. Jean Valjean , ilustração de Gustav Brion  para a primeira edição de Os Miseráveis . É notável as semelhanças arquetípicas desse personagem com   O Louco do Tarô de Marselha . Por muito tempo, aquela história permaneceu em meu imaginário. Hoje, muitos anos depois, ao terminar minha segunda releitura do texto original, com os olhos marejados de lágrimas, percebo o quanto ainda amo Monsenhor Benvindo, Fantine, Cosette e Jean Valjean – sendo este último o personagem mais encantador, para mim, nessa obra-prima da literatura universal.   À primeira vista,