Na sua estante há discos e também livros: diálogos entre canções de Pitty e a literatura universal
Não é nenhuma novidade afirmar que rock e livros formam uma amálgama. Recordo-me, neste momento, que até fiz um curso, há alguns anos, sobre a influência de Edgar Allan Poe em bandas de rock, heavy metal e gêneros afins. Embora, infelizmente, o autor de O Corvo não seja tão evocado pelos compositores brasileiros, outros escritores afloram nos versos de muitas canções nacionais. A baiana Pitty é um exemplo de cantora/compositora que sempre alude aos clássicos da literatura universal em suas letras e videoclipes. Música e literatura se encontram em Admirável Chip Nov o, o primeiro disco lançado por Pitty. Talvez a referência mais nítida a essa arte esteja no seu ótimo álbum de estreia – Admirável Chip Novo . Evidentemente, o disco foi batizado com uma espécie de paródia/paráfrase do título do romance inglês Admirável Mundo Novo . Como Huxley, Pitty tece uma irônica representação da sociedade – de formidável nosso mundo não tem nada. Na canção que dá nome ao disco, temos um ret