É sagrado viver (e ler): a boa literatura do padre Fábio de Melo
Capa de uma recente edição de Quem me roubou de mim , um dos livros mais vendidos do padre Fábio de Melo. Cantor, compositor, apresentador, filósofo, teólogo, padre. Muitos são os predicados de Fábio de Melo. A sua face de escritor, contudo, é aquela que mais me agrada. Suas empreitadas literárias, ao longo dos anos, renderam ótimos títulos – que arrebatam pessoas de diversos credos – e constituem um agradável diálogo com as nossas almas. E entre almas. Seus livros já me conduziram a várias conversas. Não é raro aparecer alguma boa senhora para dizer o quanto aquela obra que estou lendo já lhe fez bem. Numa recente ocasião, uma simpática mulher (não sei se de aço ou de flores) sentou-se ao meu lado num ônibus e, ao ver a capa de Orfandades em minhas mãos, revelou-me que um genro seu fora curado de uma depressão pelas doces e reflexivas palavras dessa antologia. Orfandades é, de fato, fascinante e libertador. Em breves textos fictícios, Fábio de Melo nos apresenta perso