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“A Moça Tecelã” e “A Tapeçaria de Aracne”: tecendo diálogos entre o mito grego e o conto de Marina Colasanti

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Uma ideia toda azul . Este foi o primeiro livro de Marina Colasanti que li, na infância. Recordo-me da estrutura do livro (contos), das ilustrações (em preto e branco) e dos personagens que enchiam as páginas (princesas e unicórnios). Descobri posteriormente que essa escritora tinha profundo apreço pela Idade Média e por outros momentos históricos longínquos. Esses tempos, inclusive, aparecem em Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento , obra que abriga originalmente o seu (a meu ver) melhor conto – A Moça Tecelã . Aracne , de Veronés. A personagem se tornou uma eterna praticante da arte de tecer - uma aranha. Narrativa curta, a história de A Moça Tecelã nos conduz a uma reflexão profunda sobre a própria arte de escrever (a palavra texto vem do latim e significa tecer ), sobre a vida e sobre nossas ações sobre o mundo. Seguindo uma estrutura cíclica, o conto começa e termina em momentos iguais - o amanhecer. O tear funciona como uma tela mágica, na qual a jovem vai reproduz